Indenizações chegam a US$ 60 bi no semestre
Carla Guedes, de O Diário, de Maringá
No primeiro semestre de 2011, foram pagos US$ 60 bilhões em indenizações pelas seguradoras no mundo. Os valores são decorrentes de catástrofes, como a tsunami no Japão, as enchentes no Brasil e os tornados nos Estados Unidos. Os números foram apresentados ontem, durante o Sexto Fórum Internacional de Seguros para Jornalistas, em São Paulo, organizado pelo Grupo Allianz.
O terremoto no Japão desencadeou uma tsunami que varreu cidades inteiras do mapa. A estimativa é a de que mais de 20 mil pessoas morreram ou estão desaparecidas. As estimativas das perdas seguradas superam os US$ 35 bilhões e as perdas econômicas ultrapassam US$ 350 bilhões. "É o desastre natural global mais caro do mundo", avalia John Arpel, presidente da Allianz Risk Transfer Holanda.
As chuvas de fevereiro que atingiram municípios da Região Serrana do Rio de Janeiro provocaram prejuízos de R$ 614 milhões, segundo cálculos do Tribunal de Contas do Estado. O valor inclui perdas nos municípios de Teresópolis, Bom Jardim, Areal, Sumidouro, São José do Vale do Rio Preto e Petrópolis.
Em Minas Gerais, o governo estadual estimou os prejuízos em R$ 250 milhões. Dos 132 municípios que relataram danos com as enchentes, 84 decretaram situação de emergência.
A temporada de tornados nos Estados Unidos deste ano foi a mais mortífera da história daquele país: 523 pessoas perderam a vida em decorrência das catástrofes. Só no primeiro semestre deste ano, houve registro de seis tornados da categoria mais intensa. As perdas estimadas em abril somam US$ 10 bilhões. As de maio variam de US$ 4 bilhões a US$ 6 bilhões.
As enchentes na Austrália, em janeiro, afetaram 200 mil pessoas e mataram 35. Um ciclone que atingiu o país em fevereiro provocou prejuízos estimados em 3,5 bilhões de dólares australianos. "Nunca se viu tantas catástrofes naturais como neste ano", comenta Arpel.
Segundo o executivo, o grande número de desastres naturais entre o fim de 2010 e o primeiro semestre deste ano deve aumentar as taxas para cobertura desse tipo de evento e cita o exemplo do Brasil.
"Embora o País não tenha sido exposto às principais catástrofes, recentemente houve perdas e a pulverização de riscos implica no aumento do prêmio no Brasil em resposta às catástrofes globais", destaca.
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