O Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE), que coletou assinaturas para criar a Lei da Ficha Limpa, lamentou a absolvição da deputada Jaqueline Roriz (do Partido da Mobilização Nacional-PMN, do Distrito Federal) pela Câmara dos Deputados. A deputada foi filmada recebendo dinheiro de Durval Barbosa, operador e denunciante do esquema do mensalão do DEM em Brasília. O vídeo foi gravado em 2006, mas divulgado apenas em março deste ano. Em votação ocorrida na terça-feira, a maioria dos deputados decidiu que isso não era motivo para cassá-la.
Veja a nota do MCCE na íntegra:
"O episódio ocorrido ontem na Câmara dos Deputados, quando a ética parlamentar cedeu lugar ao espírito de corpo, desapontou a sociedade brasileira e reafirmou a necessidade de mobilização social para a realização de mudanças profundas na nossa realidade política.
Lamentamos profundamente a referida decisão, a qual por sua vez reafirma a correção histórica da luta pela edição da Lei da Ficha Limpa. Não há razões para se depositar sobre pessoas que desonram sua própria imagem os elevados encargos inerentes ao mandato eletivo.
Continuaremos nossa luta para assegurar a plena eficácia da Lei da Ficha Limpa, cientes de que as mesmas forças que asseguram a impunidade em ocasiões como a acima mencionada buscarão meios para invalidar essa que é a maior conquista da democracia brasileira nos últimos anos."
Para o parlamentar Reguffe (PDT-DF), a culpa da absolvição de Jaqueline também é do voto secreto, o que faz existir uma “indústria de impunidade” na Câmara.
O líder do PSOL, deputado Chico Alencar (RJ), acredita que o caso de Jaqueline reflete o medo que outros parlamentares tem de serem julgados por crimes que aconteceram no passado.
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