Um ano após viverem o pesadelo de ter suas casas destruídas pela força das águas que arrastou lama, rochas e árvores, cerca de nove mil desabrigados nas cidades de Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis, Bom Jardim, Areal, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto continuam sem receber novas casas para morar, apesar das promessas feitas pelo Governo do Rio logo após a tragédia. Somente doze meses depois, governo deu início à construção de 2.166 casas.
Manifestações que reuniram centenas de pessoas nas cidades de Teresópolis e Nova Friburgo marcaram na quinta-feira (12) a passagem de um ano da maior tragédia da história brasileira, que deixou 918 mortos e 215 desaparecidos em sete municípios da Região Serrana do Rio de Janeiro. Entre a população das localidades atingidas pelas enchentes e deslizamentos provocados pelas fortes chuvas há um ano, a sensação de tristeza e luto vem acompanhada pelos sentimentos de revolta e impotência frente à constatação de que muito pouco foi feito até agora pelo poder público para recuperar as cidades ou minimizar os riscos de novas tragédias.
Um ano após viverem o pesadelo de ter suas casas destruídas pela força das águas que arrastou lama, rochas e árvores, cerca de nove mil desabrigados nas cidades de Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis, Bom Jardim, Areal, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto continuam sem receber novas casas para morar, apesar das promessas feitas pelo Governo do Rio logo após a tragédia. Somente doze meses depois, praticamente no mesmo momento em que aconteciam as manifestações organizadas por parentes e amigos das vítimas, o governo deu início oficialmente às obras de infra-estrutura para a construção de 2.166 casas e 68 unidades comerciais em Nova Friburgo. A entrega das casas, no entanto, somente será feita no fim de 2012, segundo disse o vice-governador Luiz Fernando Pezão.
Um ano após viverem o pesadelo de ter suas casas destruídas pela força das águas que arrastou lama, rochas e árvores, cerca de nove mil desabrigados nas cidades de Nova Friburgo, Petrópolis, Teresópolis, Bom Jardim, Areal, Sumidouro e São José do Vale do Rio Preto continuam sem receber novas casas para morar, apesar das promessas feitas pelo Governo do Rio logo após a tragédia. Somente doze meses depois, praticamente no mesmo momento em que aconteciam as manifestações organizadas por parentes e amigos das vítimas, o governo deu início oficialmente às obras de infra-estrutura para a construção de 2.166 casas e 68 unidades comerciais em Nova Friburgo. A entrega das casas, no entanto, somente será feita no fim de 2012, segundo disse o vice-governador Luiz Fernando Pezão.
O governo também decidiu aproveitar a data para finalmente tirar do papel os parques fluviais que têm o objetivo de impedir a ocupação irregular das margens dos rios. As obras iniciadas na quinta-feira (12) são coordenadas pelo Instituto Estadual do Meio Ambiente (Inea) e incluem a dragagem e a canalização de trechos do rio Bengalas, também em Nova Friburgo, que corta o bairro de Córrego D’Antas, um dos mais atingidos pela tragédia e que, na virada do ano, voltou a ter casas inundadas e chegou a ter uma ponte (improvisada há mais de um ano) arrastada pela força das águas.
Outras promessas ainda não viraram realidade, como, por exemplo, os radares meteorológicos que, segundo as últimas previsões do governo, só deverão começar a operar em 2013. Segundo o jornal O Globo, em matéria publicada em 9 de janeiro, apenas uma das 75 pontes que o governo estadual prometeu construir ou reconstruir após a tragédia está concluída, na cidade de Bom Jardim. O governador Sérgio Cabral reconhece o atraso no atendimento à população da Região Serrana: “Ainda temos uma tarefa gigantesca pela frente, e essa recuperação não se conclui em um ano”, disse.
O nó da recuperação da Região Serrana do Rio, no entanto, vai além da ineficiência e morosidade do poder público, já que diversos problemas de desvio dos recursos destinados às vítimas da tragédia foram observados nas esferas municipais. O governo federal, por intermédio da Controladoria-Geral da União (CGU), tenta recuperar R$ 10 milhões que foram entregues diretamente às Prefeituras de Nova Friburgo (R$ 4 milhões) e Teresópolis (R$ 6 milhões) para uso emergencial logo nos primeiros dias de 2011 e não tiveram sua utilização devidamente comprovada.
Nove inquéritos foram instaurados na região após ações do Ministério Público, e alguns já resultaram na cassação do prefeito de Teresópolis, Jorge Mário, e no afastamento do prefeito de Nova Friburgo, Demerval Barbosa Neto, além de dois secretários municipais. Dois empresários também já tiveram o seqüestro de seus bens determinados pela Justiça: “Hoje, podemos dizer que funcionários públicos e empresários se aproveitaram da tragédia para desviar dinheiro público”, afirma o procurador Marcelo Medina, do MP Federal de Nova Friburgo.
Chuvas continuam
Outras promessas ainda não viraram realidade, como, por exemplo, os radares meteorológicos que, segundo as últimas previsões do governo, só deverão começar a operar em 2013. Segundo o jornal O Globo, em matéria publicada em 9 de janeiro, apenas uma das 75 pontes que o governo estadual prometeu construir ou reconstruir após a tragédia está concluída, na cidade de Bom Jardim. O governador Sérgio Cabral reconhece o atraso no atendimento à população da Região Serrana: “Ainda temos uma tarefa gigantesca pela frente, e essa recuperação não se conclui em um ano”, disse.
O nó da recuperação da Região Serrana do Rio, no entanto, vai além da ineficiência e morosidade do poder público, já que diversos problemas de desvio dos recursos destinados às vítimas da tragédia foram observados nas esferas municipais. O governo federal, por intermédio da Controladoria-Geral da União (CGU), tenta recuperar R$ 10 milhões que foram entregues diretamente às Prefeituras de Nova Friburgo (R$ 4 milhões) e Teresópolis (R$ 6 milhões) para uso emergencial logo nos primeiros dias de 2011 e não tiveram sua utilização devidamente comprovada.
Nove inquéritos foram instaurados na região após ações do Ministério Público, e alguns já resultaram na cassação do prefeito de Teresópolis, Jorge Mário, e no afastamento do prefeito de Nova Friburgo, Demerval Barbosa Neto, além de dois secretários municipais. Dois empresários também já tiveram o seqüestro de seus bens determinados pela Justiça: “Hoje, podemos dizer que funcionários públicos e empresários se aproveitaram da tragédia para desviar dinheiro público”, afirma o procurador Marcelo Medina, do MP Federal de Nova Friburgo.
Chuvas continuam
Ao mesmo tempo em que a lembrança da tragédia da Região Serrana volta com força, as chuvas de verão já fazem novas vítimas fatais no Rio de Janeiro, desta vez nas regiões Norte e Noroeste do Estado. O transbordamento de diversos rios nos primeiros dias de 2012, entre eles os grandes Muriaé e Paraíba do Sul, provocou inúmeras enchentes. Em 9 de janeiro, o deslizamento de barreiras causou a morte de 22 pessoas no município de Sapucaia, na divisa com Minas Gerais. De acordo com a Defesa Civil, cerca de 700 pessoas estão desabrigadas ou desalojadas na cidade.
No dia seguinte a mais essa tragédia, o governo estadual divulgou três projetos para minimizar os danos causados por enchentes nas regiões Norte e Noroeste do Rio, com custo estimado em R$ 850 milhões. Enquanto esses recursos não são viabilizados, o governo do Rio poderá dispor emergencialmente de R$ 25 milhões liberados pelo governo federal, por intermédio do Ministério da Integração Nacional. O montante faz parte de um total de R$ de 75 milhões que o governo federal destinou aos estados da Região Sudeste que sofrem com enchentes e deslizamentos. Minas Gerais recebeu R$ 30 milhões e o Espírito Santo recebeu R$ 20 milhões.
A preocupação dos habitantes das áreas mais vulneráveis do Rio de Janeiro deverá continuar alta nas próximas semanas, pois a meteorologia prevê que janeiro será um mês com chuvas intensas em toda a Região Sudeste do Brasil. O fenômeno climático conhecido como La Niña, que aumenta o volume das chuvas de verão em parte do país, provoca outro fenômeno, conhecido como Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS), que forma uma espécie de nuvem gigantesca que se estende da Amazônia ao Rio de Janeiro, ocasionando chuvas intensas e constantes. No caso da Região Serrana, o temor é ainda maior na medida em que seu relevo montanhoso favorece as pancadas de chuva e que o solo nas encostas já se encontra bastante encharcado, d a mesma forma que aconteceu nos dias que antecederam a tragédia do ano passado.
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