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quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Theatro de um homem só

THEATRO DE UM HOMEM SÓ em estado de cultura - RIO DE JANEIRO 2011 é um
espetáculo teatral que está percorrendo os 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro.


Em Bom Jardim a apresentação acontecerá no dia 18 de agosto, às 19 h, no Teatro Municipal.

Entrada gratuita e classificação livre!

Espetáculo itinerante, com apoio da Secretaria de Estado de Cultura, visita todos os municípios do Rio de Janeiro, no estilo obra em progresso. A peça acontece dentro de um baú.
O ator carioca Alan Castelo, de 31 anos, quer comprar um Fusca. Suas exigências quanto ao modelo são poucas. Afinal, ele tem pouca experiência ao volante: sua carteira de motorista foi conquistada há poucos dias. Tudo em prol da arte. O veículo vai levar Alan numa jornada de três meses pelos 92 municípios do Estado do Rio de Janeiro. Em cada um deles, o artista vai fazer um espetáculo diferente. Mas todos eles vão acontecer dentro de uma mala.

Alan é o idealizador, diretor, produtor e ator do Theatro de um homem só em estado de cultura, projeto que fez sua primeira apresentação no Teatro Noel Rosa, na Uerj, em abril. Mais do que uma série de espetáculos, trata-se de uma obra em progresso. Uma ação que une teatro itinerante, pesquisa e relato de viagem, com um objetivo primordial: elaborar um retrato da cultura do estado. 

De meados de maio até setembro, o ator vai fazer uma única apresentação em cada cidade. Sua mala, aberta em teatros ou em espaços improvisados – escolas e auditórios, por exemplo, no caso dos municípios que não possuem casas do gênero – vai servir de palco. De dentro dela, Alan vai sacar marionetes, bonecos, mapas, fotografias, um bandolim, apetrechos diversos e itens de sobrevivência básica. Diante do público vai, por exemplo, cozinhar. Ou fazer sua assepsia pessoal. Tudo para contar a história de um artista andarilho imbuído de uma jornada pelas cidades fluminenses. Como a cada noite contabiliza uma cidade nova em seu relato de viagem, essa narrativa é sempre diferente. 


Câmera em punho

Enquanto conta um pouco sobre as cidades que já visitou, Alan filma, ele próprio, a sua performance, e a transmite, ao vivo, num telão, para o público presente. “É uma forma de dar dimensões diferentes a certos detalhes”, justifica. Nas horas anteriores ao espetáculo – a ideia é passar só um dia em cada lugar -, ele vai entrevistar moradores, fazer registros visuais e coletar histórias. 

Assim, não é só a peça que interfere na rotina da cidade: a cultura de cada município também passa a interferir na concepção do espetáculo. É isso que explica o ator: “Quero descobrir a identidade do cidadão fluminense. Este não é mais um espetáculo que sai da capital rumo ao interior, e sim um projeto que busca a descentralização. Nós, da capital, costumamos olhar de forma muito segregadora para o interior. Esse trabalho pretende reverberar o que acontece no estado de uma forma em geral, sem privilegiar área alguma”.

Por isso, tudo o que Alan descobrir sobre o município em questão vai ajudá-lo a costurar as apresentações, com a ajuda do público, convidado a participar de forma direta. Um dos números – que pode ou não compor o espetáculo -, por exemplo, consiste em anunciar qual a próxima cidade que o artista irá visitar, e perguntar se algum dos espectadores quer mandar recados para alguém.

Diariamente, o ator vai registrar sua experiência na rede: Facebook, Twitter, You Tube e afins. Assim, além de manter, em diferentes meios, um diário de bordo virtual, vai abrir possibilidades para que o público continue acompanhando e participando de sua empreitada.

Colaboração de Juliana Krapp

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