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quinta-feira, 10 de março de 2011

Moradores do Ribeirão do Capitão podem ficar sem estrada

Local onde havia a ponte no bairro de Fátima.
À esquerda na foto vê-se o que sobrou do centro comunitário.
Localizada em São José do Ribeirão, 2º distrito de Bom Jardim, a estrada do Ribeirão do Capitão foi uma das mais atingidas do município com as chuvas de 12 de janeiro. Agora, quase dois meses após a catástrofe climática, os moradores podem novamente ficar ilhados e sem energia elétrica. Isso se algo mais grave não acontecer e alguém sair ferido.

Na ausência da ponte de acesso no bairro de Fátima, destruída pela enxurrada, e sem fornecimento de energia elétrica (devido a queda de barreira que carregou poste), os moradores ficaram cerca de um mês abandonados à própria sorte. Sem outra alternativa, improvisaram pontes (pinguelas) para poderem chegar a São José do Ribeirão pelo menos a pé. 

Uma das pinguelas construídas por moradores,
perto do bar do "Parente".
Somente no início de fevereiro a prefeitura providenciou uma ponte de madeira, que possibilitou o trânsito de veículos para a região. Na mesma época a AMPLA, concessionária do serviço de fornecimento de energia elétrica, retabeleceu o fornecimento de seus serviços, interrompidos desde 12 de janeiro.

Entretanto, no local onde caiu o poste, principal causa do black-out na região, outros problemas aconteceram. A barreira que derrubou o poste, a 1 km do bairro de Fátima, também levou a rua de acesso ao sítio Rancho Fundo e parte da estrada municipal. Rachaduras se formaram por uma extensão de cerca de 20 metros a partir do centro do desmoronamento, ao longo da estrada.

Quando a municipalidade providenciou o reparo nesse trecho da estrada, cortando o barranco na direção oposta ao desmoronamento, também cobriu um bueiro de águas pluviais que realizava o escomento da água. O resultado é que, quando chove, a água se acumula na curva da estrada onde ocorreu o deslizamento de terra. Em pelo menos duas oportunidades um morador do sítio cavou uma vala para que a água acumulada escoasse. E não era pouca água: cerca de 50 cm de profundidade, em média. 

Com o constante acúmulo de água no local, um lamaçal tem se formado. Pelo menos um carro de passeio ficou atolado, sendo resgatado por veículo 4x4.

O agravante é que as rachaduras na pista foram cobertas, impedindo que os usuários tenham sequer noção do risco que correm.

Para que não haja dúvidas sobre o perigo iminente, há menos de uma semana desmoronou mais um pedaço da ribanceira, levando consigo o poste (o conhecido "padrão") com os medidores do consumo de energia elétrica do sítio Rancho Fundo.

O alerta foi dado. Com a palavra (e ações!) o poder público. Antes que seja tarde demais...

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