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quinta-feira, 3 de março de 2011

Horas perdidas na travessia de ponte em Bom Jardim causam prejuízos

Diante da inércia das autoridades responsáveis, moradores já pensam até em interditar a rodovia.

Trânsito engarrafado no início do acesso ao
bairro São Miguel. Foto:Marlon.
Fonte: A Voz da Serra

Grande parte da população de Bom Jardim e todos que precisam trafegar pela rodovia RJ-116, entre Nova Friburgo e municípios da região Centro-Norte Fluminense, estão sofrendo com a falta das pontes sobre o Rio Grande, levadas pela enchente de 12 de janeiro. O gargalo do trânsito que se forma na ponte metálica instalada pelo Exército no bairro Maravilha, por ser a única ligação entre as duas partes da cidade separadas pelo rio e por onde passa todo o trânsito desviado da rodovia, tem provocado filas enormes de veículos nos dois sentidos e causado grandes prejuízos financeiros a empresários da região e sua população.

Sem a possibilidade de passar pelo distrito de Banquete, cuja ponte de acesso, que vinha sendo usada para o tráfego de caminhões e veículos pesados, apresentou rachaduras, tendo de ser interditada, restou como única opção para o tráfego a estrutura metálica provisória, com passagem para apenas um veículo. Para piorar, o Bom Jardim Maravilha Clube fechou a passagem que dava acesso à ponte de pedestres e agora pessoas a pé também estão atravessando a ponte do Exército. Com isso, quase dois meses depois da chuva que devastou as cidades da região serrana do Rio, a comunicação das cidades do norte do estado com a capital continua prejudicada.

A interrupção do trânsito isola as indústrias cimenteiras de Cantagalo, os polos de laticínios e lingerie, o escoamento da produção agrícola das cidades de Bom Jardim, Cordeiro, Macuco, Duas Barras e Cantagalo. Todo o tráfego de caminhões e ônibus que chega ao Rio pela divisa norte do estado, usando a RJ-116, está prejudicado, causando atrasos no transporte de passageiros e nas entregas de produtos, gerando enormes prejuízos financeiros aos empresários, que experimentam quedas de 50% a 70% em seu faturamento. Se a situação persistir, poderá haver desabastecimento e desemprego, pois o ritmo de crescimento da economia regional está sendo perigosamente afetado.

As opções para o transporte de cargas têm sido a passagem pelas rodovias federais BR-101, BR-116 e BR-040, porém todas elas aumentam o percurso em centenas de quilômetros. E quem se arrisca a trafegar por dentro da cidade, enfrenta congestionamentos semelhantes aos grandes centros urbanos como Rio e São Paulo, tendo que esperar horas para chegar aos seus destinos. Moradores também reclamam que os horários de ônibus foram afetados e já cogitam interromper o tráfego na RJ-116 para cobrar dos responsáveis a construção de uma nova ponte. Mesmo com o tráfego prejudicado, a concessionária Rota 116, que explora a concessão da rodovia, mantém a cobrança de pedágio, que havia sido suspensa após a queda das pontes, sendo retomada tão logo a passagem construída pelo Exército entrou em funcionamento.

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