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sexta-feira, 15 de maio de 2015

Museu de Bom Jardim entra para roteiro cultural da Serra

Secretaria de Obras do Estado investiu R$ 3 milhões na desapropriação e adequação do espaço

BOM JARDIM – O município de Bom Jardim, na Região Serrana, ganhou, nesta sexta-feira (15/5), duas importantes instalações culturais. O Museu Fazenda Luiz Correa da Rocha Sobrinho e o Centro Pró-Memória Manoel Erthal foram inaugurados pelo governador Luiz Fernando Pezão e o prefeito Paulo Barros na antiga sede da Fazenda Bom Jardim, desapropriada pelo Governo do Estado e doada à prefeitura em 2014.

Os recursos, usados para pagar a desapropriação da fazenda e as obras de adaptação das instalações, no valor total de R$ 3 milhões, foram financiados pelo Programa Somando Forças, da Secretaria Estadual de Obras.

A desapropriação da sede da antiga fazenda tem o objetivo de preservar um local de grande importância histórica para a cidade e também a memória cultural do município. Parte das dependências abriga o museu fazenda da família do fundador da cidade, através da exposição de móveis, equipamentos e utensílios de época, e a outra parte o pró-memória.

O casarão possui seis quartos, duas suítes, um salão com três ambientes (living, sala de televisão e sala de jantar), sala de piano, sala de entrada, sala da memória da família, banheiro social, copa, cozinha, despensa e lavanderia. Há duas varandas: a de entrada e a lateral.

– Fizemos a desapropriação da fazenda e reformamos o casarão sede, transformando em museu um espaço maravilhoso que resgata a história do ciclo do café na Região Serrana – disse Pezão.

Fazenda é o embrião da implantação do município

Construído no final do século XIX pelo "coronel" Luiz Corrêa da Rocha Sobrinho, um dos maiores plantadores de café do estado na época, o casarão é a segunda sede da então Fazenda Bom Jardim, onde foi criado o distrito de Bom Jardim que, posteriormente, se tornou cidade. O local foi um dos centros de articulações políticas para a emancipação do município que teve no proprietário um dos primeiros administradores.

– O município de Bom Jardim nasceu aqui nesta fazenda. Ela será incluída no nosso circuito cultural – afirmou o secretário municipal de Esporte, Turismo, Cultura e Lazer, Déscio Luiz Freire.

A fazenda era também um dos principais núcleos econômicos do município, pois o dono, além de produtor, era grande comprador e revendedor de café. Por muitos anos, a casa serviu de moradia para a família. O filho de Luiz Corrêa, Péricles Corrêa da Rocha, também foi prefeito de Bom Jardim e de Itaocara por vários mandatos.

A sede da propriedade também já abrigou uma revendedora de automóveis, a usina e torrefação do café Luco e a fábrica de vinho de laranja Lágrima de Nossa Senhora, além do laboratório de pesquisa da fábrica de caramelos Buzi.

Pró-Memória Manoel Erthal conta história da cidade

O centro pró-memória, que recebeu o nome de Manoel Erthal em homenagem ao pesquisador e autor do livro Bom Jardim – Esboço Histórico e Coreográfico, foi instalado em duas salas do casarão. Seu acervo reúne documentos diversos, como exemplares de jornais publicados na região desde o século XIX, e fotografias. Todo o material está sendo digitalizado, para possibilitar a consulta de pesquisadores e estudantes, sem que haja o risco de danificar os documentos originais.

Moradores aprovam a iniciativa

Presidente do Conselho de Turismo de Bom Jardim, Adriana da Rocha Silva Dutra, de 42 anos, comemorou a inauguração do museu.

– Este espaço demonstra a preocupação do poder público com a cultura e a preservação da história de uma cidade. Aqui será possível desenvolver projetos de uso e interação com a comunidade – afirmou Adriana.

Moradora de Bom Jardim, Mabel Caldas, de 56 anos, também aprovou a iniciativa.

– Preservar a cultura de um lugar é muito importante – disse a moradora.

No prédio à direita da casa-sede, funciona o Galpão Cultural Margaret de Jesus, onde a prefeitura construiu um teatro para 150 pessoas. Antiga Usina de Café da Fazenda Bom Jardim, o galpão foi reformado no ano de 2011 com verba dos governos federal e estadual para abrigar as produções históricas e artísticas do município.

Fonte: Governo do Estado do Rio de Janeiro

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