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segunda-feira, 28 de abril de 2014

Ginásio Bom Jardim

Histórico e curiosidades acerca do Ginásio Bom Jardim.

Fonte: Blog "Um Bom Jardim de Cultura", criado e mantido pelo Projeto Mídia Digital (da Secretaria Municipal de Turismo, Esporte, Cultura e Lazer de Bom Jardim) coordenado pelo professor Marlon Antônio Rodrigues da Silva.

Fachada do extinto Ginásio Bom Jardim, na Av. Péricles Correa da Rocha, centro.
O antigo prédio ainda existe, ao lado do Colégio Estadual Ramiro Braga.
(Foto restaurada pelo Projeto Mídia Digital)
Cronologia sintética do Ginásio Bom Jardim

1947 - Ano de fundação do Ginásio Bom Jardim. Seus proprietários eram os professores Messias de Moraes Teixeira e seu primo Wilson de Moraes Teixeira.

1965 - Péricles Corrêa da Rocha compra o Ginásio Bom Jardim . Ainda nesse ano os freis franciscanos assumem a administração do Ginásio. O professor Wilson Teixeira continuou na direção.

1966 - O professor Cícero Monnerat assume a direção do Ginásio. Nesse mesmo ano, Péricles Corrêa da Rocha doa parte de um terreno (onde hoje se encontra o Colégio Santo Agostinho) à Ordem dos Agostinianos Descalços.

1969 - O professor Clirton Rego Cabral assume a direção do Ginásio.

1971 - É inaugurado o Colégio Santo Agostinho (faltando concluir apenas a construção da Capela). É o fim do Ginásio Bom Jardim.


Curiosidades:

- No início da década de 1960, as aulas de educação Física ocorriam no campo do Bom Jardim Esporte Clube.

- A autora do Hino de Bom Jardim, Ika, era professora de Música no Ginásio.

- A escola criou sua Banda Marcial para apresentações nas principais datas cívicas: Dia da Pátria e Aniversário do Município.

- Vários professores do Ginásio se destacaram lecionando em escolas de renome na região.

- Foi o primeiro educandário de nível ginasial no município de Bom Jardim. Antes de sua criação, os estudantes precisavam se deslocar para Nova Friburgo ou Cantagalo.


Breve Histórico do Ginásio Bom Jardim

Em meados da década de 40 faltava ainda em Bom Jardim muita coisa. Mas, com certeza, aquilo que mais faltava às famílias bom-jardinenses era seus filhos poderem concluir o ensino ginasial na própria cidade, já que nossa cidade só contava com escolas primárias. Com isso, apenas os privilegiados financeiramente do município conseguiam concluir o Ginásio, enviando seus filhos para outros centros como Cantagalo, Nova Friburgo, Petrópolis, Niterói e Rio de Janeiro.

Dono de uma visão empreendedora e sagaz, o dono dos Colégios Modelo (de Nova Friburgo) e Euclides da Cunha (de Cantagalo), Messias de Moraes Teixeira, tomou a iniciativa de preencher essa lacuna no ensino bom-jardinense, junto com seu primo Wilson Braz Teixeira. Assim, em fevereiro de 1947, foi aberto o Ginásio Bom Jardim, no prédio que pertencia à família Pereira de Lemos, localizado na Av. Péricles Corrêa da Rocha (conhecida na época como Rua Nova, em frente ao córrego Floresta).

No período de quase três décadas, o Ginásio Bom Jardim foi a referência educativa do município, formando uma grande parte da nossa população e de cidades vizinhas.

Além do curso ginasial, que funcionava durante os turnos da manhã/tarde, o Ginásio abrigou em suas dependências um Curso Normal à noite, que recebeu o nome de Escola Normal Joana Cantanheda Monnerat, em homenagem à excelente professora que marcou o ensino no município.

Em 1965, Péricles Corrêa da Rocha adquiriu o Ginásio Bom Jardim.

Em 1966 o dr. Péricles comprou um terreno, doando-o em seguida para a Ordem dos Agostinianos Descalços. Nesse terreno começou a construção de um novo prédio, tornando-se o Colégio Santo Agostinho em 1974.

Assim se encerrou a trajetória de uma instituição que se tornou fundamental à educação dos jovens em termos de ensino médio no município e cuja importância jamais será esquecida pelos cidadãos municipais.

Primeira turma de ginasianos do Ginásio Bom Jardim - 1950.
Foto publicada por Luiz Otávio Andrade no blog "Instituto Histórico e Geográfico de Bom Jardim".
Veja mais informações sobre o Ginásio Bom Jardim clicando aqui.

sábado, 26 de abril de 2014

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição

Fotos originalmente publicadas no blog de Luiz Otávio -

Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição antes da remodelação.
Andor para a procissão de São Cristóvão. Miniatura da igreja matriz de N. Sra. da Conceição.
Construído por Luiz Fernandes Carriello (Luiz Felix), seu irmão Pery Carriello e outros sobrinhos,
dentre os quais Adalton Carriello. Provavelmente entre 1956/1959.
Antigo altar da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição.
Visão parcial do adro da Igreja Matriz de Nossa Senhora da Conceição (praça Coronel Monnerat)
na época em que havia a concha acústica.
Vista parcial do adro da igreja matriz de Nossa Senhora da Conceição
(praça Coronel Monnerat) durante as obras de remodelação.

sexta-feira, 18 de abril de 2014

Os espelhinhos

Por Nelson Viesti, na Folha Política.org

Ao distribuir “espelhinhos” para o povo classe C, nosso Governo, juntamente com a cumplicidade da Mídia, assim como a dos chamados “empresários bem sucedidos” acabam fazendo o mesmo papel dos que foram a favor da ditadura militar. Agora sob a falsa idéia de uma Democracia (que, aliás, nunca é criticada), nosso país vai perdendo sua real identidade e anulando qualquer possibilidade política. Reafirmando assim, um grande analfabetismo, esmagando toda e qualquer ideologia, anulando qualquer possibilidade de um “levante” popular "desbaratinando" as massas. Vide os manifestos ocorridos em junho/julho de 2013, onde uma população agonizante tentou sair às ruas pedindo socorro, porém sem qualquer ideologia, sem uma verdadeira noção de coletividade, sem qualquer tipo de organização, mais parecendo um antigo protesto hippie da década de 70 conhecido como “happening”. E os resultados todos viram: o bom e velho hábito do abuso do poder, por parte das “autoridades” e o total desprezo do governo.

É uma verdadeira tragédia, um país que não consegue produzir riquezas, mas sim gerar alguns ricos. Onde só existe um único "bolo" (o mesmo há anos - O PIBINHO!) para se dividir em uma população cada vez maior e cada vez mais faminta. 

A mídia usada como ferramenta pacificadora e anestesiadora da população, “arma” muito maior do que aquela utilizada nos anos de chumbo. Um dia se publica que os empregos diminuíram e no dia seguinte publicam que os empregos aumentaram. Um dia publicam que o custo de vida diminuiu e no dia seguinte publicam matérias totalmente contraditórias. 

A política sendo substituída pela politicagem, os técnicos gabaritados sendo substituídos pelos políticos semi analfabetos em cargos públicos; a máquina inchada da administração pública sendo transformada em um balcão de negócios, como num mercado das “pulgas”. A dilaceração do ensino público; o abandono da infraestrutura portuária; hospitais abarrotados de indigentes; a segurança pública “largada” aos desmandos de grupos criminosos; a sociedade apoiando simplesmente a pena de morte e ou a diminuição da maioridade para apenas se livrar dos bandidos que ela mesma produziu; o transporte público, uma indústria de enriquecimento de poucos em detrimento de um povo que passa mais de 03 horas por dia pendurados nos ônibus e trens, como gado ( e se faz muita propaganda eleitoral dizendo que, agora esse tempo foi heroicamente reduzido para 02 horas e meia e com a criação “virtual” de ciclovias nas grandes capitais) ; centenas de km de corredores de ônibus criadas “a toque de caixa” com a intenção de aumentar a velocidade dos ônibus, porém com mudanças de itinerário obrigando os passageiros a fazer baldeação e perdendo mais tempo ainda do que antes; apenas favorecendo, mais uma vez, os empresários de transporte que, antes recebiam uma passagem e agora recebem várias (embora o contribuinte não pague dentro do prazo de 02 horas); ferrovias inexistentes ou inoperantes num País com dimensões continentais; o total desprezo a uma política de migração às grandes capitais, que não suportam mais receber ninguém de outros estados e nem de outras cidades; um favorecimento espúrio às indústrias automobilísticas internacionais, num país que se vende mais automóveis do que bananas e morrem mais pessoas de acidentes de trânsito por ano, do que soldados americanos em toda a guerra do Vietnam; empresários “bem sucedidos” que insistem em alegar falta de mão de obra especializada, quando o problema é falto de SALÁRIO especializado; um grande engano com a criação de projetos habitacionais, onde o governo paga uma fortuna às grandes empreiteiras, cuja qualidade/custo de construção são altamente discutíveis favorecendo assim um enriquecimento ilícito de seus construtores (cuja fortuna é igualmente dividida aos políticos corruptos que aprovam sua construção e liberação de verbas públicas para sua execução), em detrimento do miserável que irá habitar “naquilo”; obras metroviárias que custaram, por quilômetro, o dobro do que custou o túnel abaixo do canal da Mancha na Europa, sob um oceano e com a mão de obra mais cara do planeta!!!; manutenção de estradas e avenidas que custam muito aos cofres públicos, mas que efetivamente não existem e o dinheiro "sumiu"; viadutos e pontes construídos, cuja necessidade é discutível; um favorecimento também absurdo às instituições financeiras que “vendem” dinheiro a juros compostos e pagam pela mesma “mercadoria”, juros simples. 

Um descalabro político no Congresso Nacional, onde só se “trabalha” para lobistas garantirem o interesse de poucos em detrimento do de muitos e que não mais representa seus eleitores; campanhas eleitorais sem o menor conteúdo político real e financiadas pelos poucos favorecidos de um sistema agonizante para muitos; uma Universidade igualmente dilacerada, onde o ensino superior tornou-se apenas um mero ensino técnico e uma fábrica de diplomas. 

Enfim, uma sociedade que vive de aparências, de engodos, de futebol, carnaval, sem a menor noção de coletividade, anestesiada e apalermada pelos cartões de crédito, telefones celulares, bolsa disso, bolsa daquilo, vale transporte, cestas básicas, automóveis e dívidas. Um verdadeiro “Alice no País das Maravilhas”. Como os espelhinhos que nossos colonizadores distribuíam aos nativos no século XVI, afinal o interesse pela Nação, pelo visto, ainda é o mesmo: explorar e explorar. “Vamos explorar o povo, nossa rua, nosso transporte, nossa cidade, nosso local de trabalho, nossa moradia, nossa família, nosso vizinho e quando não tivermos mais nada a explorar nos mudamos para outro local e continuemos a explorar, como faz a maior parte dos predadores e roedores”. 

E ainda se prega a “sustentabilidade”. Para uma população que, menos de uma década atrás, se fazia do uso da enxada como seu único meio de vida, hoje tem todo tipo de bens de consumo ao seu dispor; e está classificada pelo governo como “classe média” esquecendo-se, no entanto, de que, não há infraestrutura para tal consumo. Afinal, o importante é dispor de computadores, celulares de última geração, automóveis de todas as marcas e modelos. Hospitais, escolas, empregos, segurança são apenas importantes quando se sente a falta deles individualmente e nunca em termos de coletividade. 

Pessoas vivendo no limite da legalidade e da moralidade pensando que a vida é mesmo assim, sem a menor referência. Sempre tirando alguma vantagem de seu próximo. Quando encontram uma placa num jardim dizendo: “NÃO PISE NA GRAMA” cospem na placa.

Já estamos com uma população carcerária de quase 700.000 pessoas ( ou até mais); menos os políticos corruptos e esta população tem dobrado a cada 08 anos. 

Afinal, que tipo de pessoas estamos desenvolvendo aqui? Anarquistas exploradores (como os do séc. XVI?), corruptos, marginais, delinqüentes, predadores e aproveitadores do caos? Qual o destino de uma sociedade constituída dessa maneira?

Isso não é Capitalismo Moderno... Isso é uma ABERRAÇÃO do Capitalismo. 

SAÚDE, TRANSPORTE, HABITAÇÃO, SEGURANÇA, EDUCAÇÃO, EMPREGOS, CRESCIMENTO E SUSTENTABILIDADE : até agora, apenas ferramentas de marketing e plataformas eleitorais.

E eu que na adolescência acreditei que esse era um País de futuro.

Que pena!