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sábado, 25 de agosto de 2012

Apenas Bom Jardim e Nova Friburgo atingem meta da rede municipal

Jornal da Região, sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Avaliação do IDEB das escolas da região

Nos anos iniciais da rede municipal, a melhor nota foi de Trajano: 5,6 e a pior nota de Cantagalo: 3,9. Nos anos finais, o pior resultado foi de Duas Barras: 3,3 na rede municipal e o melhor foi em Bom Jardim: 4,6.

O Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb), que avalia o ensino nos anos iniciais (até o 5º ano, antiga 4ª série) e nos anos finais (até o 9º ano, antiga 8ª série) a cada dois anos, incluiu uma série de metas para escolas, Municípios, Estados e União. Na região, apesar de bons resultados em relação às notas estaduais e nacional, apenas Bom Jardim (nos anos finais) e Nova Friburgo (nos anos iniciais) bateram as metas na rede municipal de ensino.

O melhor resultado na região foi da Escola Municipal São Pedro da Serra (nota 7), de Nova Friburgo

O melhor resultado do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica de 2011 (Ideb) na região foi da Escola Municipal São Pedro da Serra, em Nova Friburgo. A escola do distrito de São Pedro da Serra alcançou nota 7 no índice, uma das mais altas do país. A unidade escolar atende a 194 alunos e oferece turmas até o 5º ano do ensino fundamental. A diretora, Greide Frez Boy, está à frente da direção desde 2009.

Já o pior resultado apareceu em Bom Jardim. A Escola Municipal Governador Moreira Franco, na avaliação dos anos iniciais (até o 5º ano, antiga 4ª série), obteve nota 1,6. A mesma escola conseguiu o melhor resultado no município (nota 4,4) nos anos finais (até o 9º ano, antiga 8ª série).

Por outro lado, a melhor nota entre as escolas da região nos anos finais foi da Escola Estadual Francisco Leite Teixeira (nota 5,6), localizada em Santa Rita da Floresta, segundo distrito de Cantagalo. Já a pior nota do 9º ano foi do Ciep Brizolão 480 Professor Luiz Carlos Veronese (nota 2,8), localizado no município de Nova Friburgo.

Clique no quadro para vê-lo ampliado.

O que é o Ideb?

Em 2007, foi criado o Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb). O indicador, que mede a qualidade da educação, foi pensado para facilitar o entendimento de todos e estabelecido numa escala que vai de zero a dez. A partir deste instrumento, o Ministério da Educação traçou metas de desempenho bianuais para cada escola e cada rede até 2022. O novo indicador utilizou na primeira medição dados que foram levantados em 2005. Dois anos mais tarde, em 2007, ficou provado que unir o país em torno da educação pode trazer resultados efetivos.

A média nacional do Ideb em 2005 foi 3,8 nos primeiros anos do ensino fundamental. Em 2007, essa nota subiu para 4,2, ultrapassando as projeções, que indicavam um crescimento para 3,9 nesse período. O indicador já alcançou a meta para 2009. Se o ritmo for mantido, o Brasil chegará a uma média superior a 6 em 2022. É o mesmo que dizer que teremos uma educação compatível com países de primeiro mundo antes do previsto.

Com o Ideb, os sistemas municipais, estaduais e federal de ensino têm metas de qualidade para atingir. O índice, elaborado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep /MEC), mostra as condições de ensino no Brasil. A fixação da média seis a ser alcançada considerou o resultado obtido pelos países da Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE), quando se aplica a metodologia do Ideb em seus resultados educacionais. Seis foi a nota obtida pelos países desenvolvidos que ficaram entre os 20 mais bem colocados do mundo.

Escolas com resultados ruins em 2009 ficaram sem nota em 2011

Mais de 40% das escolas de anos iniciais do ensino fundamental (de 1ª à 4ª série) que tiveram notas muito baixas no Índice do Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) em 2009 ficaram sem notas em 2011. São escolas que não conseguiram ultrapassar a metade da média nacional de 2009, receberam investimentos extras, mas estão agora no escuro: não é possível saber como se desenvolveram nos dois últimos anos.

No ciclo 2 do fundamental (de 5ª à 8ª série), 33% das escolas que registraram notas baixas em 2009 não tiveram índices divulgados em 2011. Segundo as regras oficiais, o único motivo para que os índices não sejam divulgados é para o caso de escolas que não tiveram mínimo de 50% de participação de alunos na Prova Brasil, avaliação que integra o Ideb - o que vale para todas as escolas.

O Ministério da Educação (MEC) tem um plano de investimentos para escolas com notas mais baixas, com índices inferiores a 3,8. Até 2009, mais de R$ 400 milhões haviam sido liberados para as escolas. O MEC não informou quanto foi liberado para esse grupo de escolas até o ano passado nem quantas fazem parte do grupo.

Concentração - Em 2011, o número de escolas com resultados divulgados foi quase 20% menor que em 2009. Quase 13 mil fases de ensino fundamental das escolas brasileiras tinham índice em 2009 ficaram no escuro em 2011 - a mesma escola pode ter os dois ciclos e ter uma realidade diferente de divulgação para cada um deles.

A maior parte das escolas ficou concentrada em escolas que haviam conseguido notas baixas. De todas as escolas que não tiveram os resultados divulgados em 2011, 57% haviam conseguido uma nota baixa, até 4, menor que a média nacional. Equivalente a 7.382 escolas, dos dois níveis do ensino fundamental. Na outra ponte, apenas 11% das escolas sem Ideb em 2011 haviam conseguido notas acima de 6 em 2009. Esses dados não levam em conta escolas que não tiveram Ideb em 2009 e 20011, mas somente nos outros anos.

O Ministério da Educação argumenta que o único motivo para esse vazio é o mínimo de 50% obrigatório de participação da Prova Brasil. Mas esse motivo vale para todas as escolas e não só para as que tiveram notas ruins.

Ano que vem, haverá uma nova etapa da Prova Brasil, que é aplicada a cada dois anos.

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