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terça-feira, 28 de junho de 2011

Faleceu o mestre Heitor Combat

Mestre Heitor Combat
A prefeita de Cássia (município do Estado de Minas Gerais), Ana Caris, decretou luto oficial de três dias pela morte do professor maestro Heitor Geraldo Magela Combat. O Corpo foi velado no Santuário de Santa Rita de Cássia.

O maestro nasceu em Bom Jardim-RJ em 1912 e morreu em Cássia-MG na tarde de domingo (26/jun), aos 98 anos, na casa onde morava com o filho. Ele estava acamado havia dois anos, em decorrência de uma fratura no fêmur. Apesar da idade avançada, O professor Heitor Combat estava lúcido.

A Missa de Corpo Presente foi no dia seguinte, às 11h. presidida pelo Pe. Sandro e co-celebrada pelo Pe. José Januário, de Belo Horizonte, que estava representando a Federação Nacional dos Meninos Cantores do Brasil. O Coral Pequenos Cantores de Cássia embelezou a celebração com seus cantos, finalizando a homenagem com a canção "Amigos para Sempre". O Coral Santa Cecília homenageou o mestre cantando uma de suas composições "Rosas de Santa Rita".

As homenagens comoveram a todos. Destaque para o silêncio e a bela pregação do Pe. Sandro. A Prefeita Municial deixou uma bela mensagem em nome do município.

O cortejo fúnebre saiu em procissão às 13h para o cemitério municipal. O sepultamento ocorreu por volta das 14h.

A Missa de 7° dia será no domingo, dia 03/07, às 19h., no Santuário de Santa Rita de Cássia.

Fonte: Blog do Godói

BIOGRAFIA

HEITOR GERALDO MAGELLA COMBAT, filho de João Alfredo Desidério Combat e Maria das Dores Reis Combat, nasceu na cidade de Bom Jardim, Estado do Rio de Janeiro, aos 21 de julho de 1912. São seus irmãos: Ely, Afonso, Padre João, Antônio, Miguel (único irmão ainda vivo que reside em Petrópolis-RJ) e Margarida.

Formou-se na Congregação dos Irmãos Maristas, em Mendes (R.J.) e Uberaba (M.G.), tornando-se, também irmão marista.

Formou-se em Letras e fez diversos cursos de aperfeiçoamento em teoria musical, harmonia, história da música, canto coral, regência, piano e órgão, tornando-se compositor e arranjador. Além de conhecer e falar fluentemente inglês, alemão, italiano, espanhol, gregoriano e latim.

Professor de Português, História, Geografia, Francês e Música. Trabalhou em colégios Maristas de Franca (SP), Uberaba (MG), Curitiba (PR) e Rio de Janeiro (RJ).

Em 1940, deixou a Congregação Marista.

Em 1946, instalou-se em Duque de Caxias (R.J.).

Em 1948, foi professor no Ginásio Bom Sucesso (R.J.).

Foi o Fundador e Diretor do “Colégio Primavera”, em Duque de Caxias (RJ), de 1953 a 1970.

Dirigiu de 1955 a 1970 a Orquestra Sinfônica Experimental de Duque de Caxias (RJ).

Especializou-se também em Música Setecentista Colonial Mineira, tendo publicado vários trabalhos sobre o assunto.

Escreveu vários contos, poemas, crônicas e novelas, sendo que o melodrama “A Última Bala” veio a se tornar roteiro de filme.

Mudou-se para a cidade de Cássia (MG) no ano de 1971. Casou-se com Rejane Azevedo Borges Combat.

Em Cássia, instalou sua residência definitiva, lecionando na Escola Estadual São Gabriel por vários anos.

Pequenos Cantores de Cássia com o mestre Heitor Combat,
na Pásco de 2011.
Em 1972, fundou o “Coral Pequenos Cantores de Cássia”, filiando-o à Federação Nacional de Meninos Cantores do Brasil. Foi Presidente da mesma de 1991 a 1993.

Desprendido de bens materiais, dedicou sua vida à música e ao amparo de crianças, adolescentes e jovens.

Em 1994, o Coral passou a fazer parte do Centro Musical Heitor Combat, sob a sua direção, com as atividades de teoria musical, canto orfeônico, solfeijos, canto coral, banda de música, conjunto de flautas-doce e violinos, atendendo aproximadamente 120 crianças e adolescentes, entre 08 e 17 anos.

Fonte: http://pequenoscantoresdecassia.com.br/

7 comentários:

Ferdinand disse...

Impressionante a obra do Professor Heitor Combat!
Fui aluno do Colégio Primavera em Duque de Caxias durante os anos de 1957 a 1963.
Tenho doces lembranças deste período apesar da perda trágica de meu pai ANTON DVORSAK em 1961.
Graças ao Professor Combat pude terminar o Ginasial na época, alçando depois Escola Técnica e a UFRJ.
Mas o professor Combat deixou marcas indeléveis em meu comportamento. Sempre tinha uma palavra de estímulo mesmo quando eu aprontava.
Saudade eterna de nosso grande Mestre é o que fica.
De seu sempre aluno
Ferdinand

Clínica Soft disse...

Fui também aluno do Prof Combat no Ginásio Primavera e tenho grandes lembranças da benevolencia e humanidade do Prof Heitor

J C Serra Neves

Luiz Eduardo disse...

Tive o privilégio de estudar no Colégio Primavera, onde fiz o então curso primário de 1957 a 1959, tendo sido colega de turma do Ferdinand e, posteriormente, fui colega de ser irmão Peter na Escola de Química da UFRJ, onde cursamos Engenharia Química. Desde 1975 radicado em Belo Horizonte não sabia que o Professor Heitor vivia em Cássia; eu o teria visitado. Ele foi um marco em nossos estudos, sempre nos estimulando a querer aprender mais, despertando a curiosidade de saber um pouco de tudo. Certamente fará falta por aqui, mas certamente estará, agora, a reger coros angelicais. De seu aluno de ontem e sempre. Luiz Eduardo.

Paulo Humberto Mueller disse...

Que grata surpresa obter notícias desse grande mestre de outrora. Há seis
décadas fui seu aluno no Colégio Primavera onde o conheci. Um notável e
eclético professor cuja lembrança jamais se apaga de nossa memória de
vez que são tantos os meios de evocação para lembrá-lo com nitidez total:
Na sala de aula; jogando futebol no campo ao lado do colégio; durante a
missa ao domingos tocando órgão com brilhante maestria; a absoluta ele-
gância no tratar as pessoas fossem quais fossem.
O indiscutível bem que me fez bem como aos meus irmãos e a meu ilustre
pai que lá igualmente lecionou matemática paralelamente à condição de
professor fundador da PUC - RJ e catedrático de letras nessa universidade.
Enfim, uma dessas peregrinas pessoas que tem um que de sublime como
uma Capela a beira do caminho.
Que na eternidade possamos nos reencontrar professor Combat, são os
votos do aluno que sempre o admirou.... Paulo Muller

Anônimo disse...

Tive a felicidade de conhecer o Prof. Heitor o início da década de 1960 quando frequentava a igreja de São Judas Tadeu em jardim Primavera, onde fui criado.
Na época eu era muito novo (7 ou 8 anos) mas a imagem do Professor ficou tão gravada em minha memória que coloquei o nome de meu filho de Heitor em homenagem à memoria que eu ainda tenho do saudoso Prof. Heitor.
Eu não conhecia nada sobre a biografia dele, lembrava apenas de quão magistral era sua performance tocando um órgão (harmônico) que havia na Igreja, fazendo o acompanhamento dos cânticos da missa aos domingos.
Que Deus o tenha e lhe proporcione a merecida recompensa por tudo de bom que este grande homem fez neste mundo.

Unknown disse...

Estudei no Primavera de 1952 a 1956.
Professor Müller foi meu professor de Matemática. Era brilhante. Um dos inesquecíveis daquela época. O professor Heitor está desde sempre naquela galeria de heróis que todos nós construímos ao longo da vida. Era e continua sendo um grande heroi para mim.
Alvaro Amorim Gonçalves

Anônimo disse...

Sou Marcelo Ferreira da Fonseca Lima. Hoje, com setenta anos de idade, vivo grande parte comeu tempo aqui na Áustria onde estou nesse momemto (09/09/2018). Fui aluno do Professor HEITOR COMBAT entre os anos de 1958 e 1964 no Colégio Primavera. Nunca esquecerei do Professor Heitor. Lembro-me dele com muita saudade na semana passada ao ler a notícia trágica do incêndio que destruiu o museu da Quinta da Boa Vista no Rio de Janeiro. Há sessenta anos, menino pobre, fui levado pela primeira vez na vida a um museu cuja excursão foi paga e organizada por ele. O que pude conhecer , observar e sentir a partir daquela visita guiada pelo mestre Combat, mudaram inteiramente a minha vida . EU não seria a pessoa razoável que sempre tentei ser se não fossem os ensinamentos e princípios básicos que obtive no Colégio Primavera e não apenas pelo professor Heitor como também pelos excelentes professores Pedro Quadros, José Carlos Gonçalves, Pietro Picentini, Alfonso Martino, Lucila , Voldette, Diva , Altiva Alt dos Santos , Eberardo Von Jaborneg, Ely Pacheco e José Castriota,por ele dirigido. Todos foram duros comigo e graças a isso eu consegui superar quase todos os obstáculos que a vida naturalmente nos impõe . Deus que proteja a sua belíssima alma meu amado Professor Heitor. Terei sempre uma lágrima para chorar por você .

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